sábado, 28 de maio de 2011

Hotel da Penha




Chegou ao fim o litígio entre a Irmandade da Penha e a empresa Prazeres Doseados, que explora até dia 1 de Junho o Hotel da Penha. Depois dessa data, a propriedade regressa à Irmandade da Penha, 50 anos depois da concessão. O acordo foi conseguido em Tribunal, o Juiz da Irmandade afirma que “ganha Guimarães”.
Depois de várias rondas negociais e do adiamento, por parte do Tribunal das Varas com Competência Mista, do Julgamento que opunha a Prazeres Doseados, do Porto, à Irmandade da Penha, foi conseguido um acordo em Tribunal. A Irmandade da Penha pretendia provar que o contrato, assinado em 1961, com o anterior proprietário do hotel, Armindo Monteiro, que entretanto faleceu, tinha um cariz de concessão de exploração e não de arrendamento.
O acordo, ainda verbal mas perante a presença da Juíza do Tribunal situado em Creixomil, prevê o pagamento, por parte da Irmandade da Penha, de prestações crescentes nos próximos 16 anos, à empresa Prazeres Doseados. O Juiz da Irmandade da Penha, Roriz Mendes, explica ao NG que “o que separava a Irmandade da Penha da empresa Prazeres Doseados desde 2009 tinha a ver com as prestações e a utilização daquele espaço”. O acordo foi estabelecido na quinta-feira, dia 19 de Maio, data do início do Julgamento.
O responsável revela ainda que “perante a presença em Tribunal, e na negociação intermediada pela Juíza, ambas as partes chegaram a acordo”. Por um lado, “a Irmandade chegou às verbas que a Prazeres Doseados pretendia”, por outro, “a empresa deu mais tempo para o pagamento das prestações que estão em causa”, esclarece Roriz Mendes. O pagamento será feito em quinze anos, mais um de acréscimo caso se justifique, e os actuais trabalhadores do Hotel fazem parte do programa de melhoria do estabelecimento e espaço envolvente: “Como é óbvio a Irmandade vai ter um programa de requalificação global, e precisa claramente dos trabalhadores que trabalham no Hotel”, diz o Juiz da Irmandade.
Nos últimos anos o estado de degradação do Hotel levou mesmo a que algumas valências fossem desclassificadas. Para Roriz Mendes, o acordo permite “que o Hotel consiga readquirir a glória de outros tempos e que dê à Penha mais uma âncora na requalificação do seu património. É numa tentativa de rentabilização e de entrega à Penha de uma valência que até agora estava desclassificada”. Para o Juiz, “ganha o turismo religioso, cultural, de conforto, de lazer, e ganha Guimarães”.
A Irmandade aguarda agora pela notificação do Tribunal que efective o acordo já estabelecido verbalmente. No entanto, refere o mesmo que a partir do dia 1 de Junho o Hotel da Penha já está sob responsabilidade da Irmandade.

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